terça-feira, 10 de março de 2009

CASA DAS FADAS

CASA DAS FADAS


CHAPADA DIAMANTINA



LOCAL DE HARMONIA.

A magic world harmonizes man and nature!!!

End: Estrada Palmeiras-Capão, - Caeté-Açu



RESTAURANTE


,
A primeira impressão que se tem do Vale do Capão é a de um lugar saído de um conto de fadas, onde duendes e gnomos se misturam a privilegiados mortais em busca do nirvana.A Casa das fadas representa tudo isto e muito mais.





RESTAURANTE



O Vale do Capão atrai pessoas que procuram qualidade de vida e equilíbrio pessoal, assegurando ao desenvolvimento local numa escala humana para um turismo de contato e respeito



Restaurante




VARANDA



ENTRADA DO RESTAURANTE




Mundo mágico
Harmonia do homem e natureza.




Localizado no município de Palmeiras, incrustado no Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Vale do Capão desvenda uma paisagem deslumbrante onde a natureza pródiga faz brotar, a 1000 m de altitude, 53 nascentes de rios, sendo 30 permanentes. O micro clima serrano oferece o céu azul durante o dia e noites frias, com temperatura média em torno dos 19º C e uma sensação térmica bem abaixo dessa média. O frio transforma a noite em aconchego nas pousadas charmosas onde conversas animadas acontecem ao redor das lareiras, regadas a um bom vinho.O nome original é Caeté-Açu, que significa "grande mata". Para a comunidade alternativa que trocou o stress urbano pela tranqüilidade do campo, o Vale do Capão representa uma opção de vida saudável em um santuário ecológico, onde a busca pela qualidade esta presente nos mínimos detalhes: na alimentação natural e nos muitos processos de cura através de tratamentos com medicina holística à base de ervas e plantas medicinais, sauna indígena, banhos e massagens shiatsu e ayurvética. A diferença do Capão para outros locais da Chapada está no conceito desenvolvido no local há mais de duas décadas. O lugarejo teve como atividade importante o garimpo, até o século 19, depois veio a cultura do café. A chegada dos alternativos, ainda embalados pelo sonho dos anos 70, mudou a vida no Capão completamente. Duas comunidades, a Lothlorien e a Fazenda Riachinho, destacam-se na influência da saudável mudança de hábitos. Hoje, ao chegar à vila, encontra-se uma comunidade completamente afinada com técnicas e atividades voltadas para o processo de auto-conhecimento, naturismo e espiritualidade com foco na saúde, na cura e no crescimento espiritual, além de todo um comportamento voltado para o respeito e preservação da natureza. A comida caseira feita no fogão à lenha é um atrativo a mais para os apreciadores do godó de banana com galinha caipira e cortado de palma, pratos típicos da região. As novidades da cozinha natural como o pastel de palmito de jaca e a eco-pizza vegetariana já fazem parte da culinária local. Tudo feito com hortaliças do vale (sem agrotóxicos), ingredientes integrais de baixo teor calórico e alto teor energético. A produção de mel Flor Nativa (premiado nacionalmente) agrega-se a outros produtos da região, como os travesseiros de macela, as ervas medicinais e xampus caseiros à base de mel e própolis.


Como Chegar:




O Vale do Capão fica a 23 km de Palmeiras em estrada de terra. A ligação Palmeiras-Vale do Capão é feita por transporte alternativo. Palmeiras fica a 445 km de Salvador pela BR-324, BR-116, BR-242 até o entroncamento com a BA-850, a 8 km da entrada da cidade. A empresa Real Expresso (71 -3450-2991) faz a linha Salvador-Palmeiras diariamente.
Telefones Úteis
ACVVC - Associação dos Condutores de Visitantes do Vale do Capão: (75) 3344-1087
Localidades na Chapada Diamantina proximas ao Vale do Capão
Abaíra ,Andaraí, Ibicoara ,Igatu ,Iraquara, Jacobina, Lençóis, Morro do Chapéu, Mucugê
Palmeiras ,Piatã ,Rio de Contas, Seabra.


Existe uma associação de condutores e visitantes no CAPÃO em média uns 30 guias estão preparados para conduzir e orientar o turista para os melhores passeios na região.Os valores dependem do numero de pessoas e a quantidade de dias que possam interessar.




-Riachinho




-Passando pela subida da cachoeira da Fumaça(Campos)
-Angelicas-cachoeira
-Purificação-cachoeira
-Rio Preto
-Rodas
-Batista- Propriedade Particular
Poço do Gavião
Da casa das fadas podemos ter a vista completa do MORRÃO

Para comprar:
Frutas passas-abacaxi,banana e outras
Argila-Sabonete
Marcela –para travesseiros



Cogumelo desidratado



Adubo bem preparado.



Na Vila tem alguns restaurantes e Pizzaria-
Pizza do TOMAS-super natural
Restaurante da D.Dalva-Comida caseira-Pratos típicos da região tipo Godó – feito com banana Verde/Cortadinho de abóbora
Existem 2 mercados pequenos.
2 ciber café com o total de 10 computadores
Um apoio de Banco para saque e depósitos-BRADESCO
Em Palmeiras pode encontrar o Banco Bradesco e um caixa eletrônico do Banco de Brasil






Cozinha equipada do restaurante







RESTAURANTE





Vale do Capão é o único distrito da município de Palmeiras é conhecido no mundo todo pela sua beleza e sua gastronomia
Vale do Capão o diamante misterioso A Vila do Caeté – Açu mais conhecido como Vale do Capão, único distrito do município de Palmeiras, 470km de Salvador é um dos principais redutos de turismo ecológico do Brasil com visitas de aventureiros de todo o mundo. O Vale, juntamente com os municípios de Lençóis, Andaraí e Mucugê faz parte do chamado ciclo de diamante da Chapada Diamantina. Situado no Parque Nacional da Chapada, os aventureiros que por lá passam precisam de predisposição para enfrentar 1.000 metros de altitude entre as Serras do Candombá, Larguinha e Morro Branco. Mas predisposição é o que não falta para os turistas. Com diversas trilhas que cortam a mata Atlântica proeminente no parque, os passeios ecológicos reúnem grupos que depois de uma boa e longa caminhada são recompensados com banhos de cachoeira e vistas deslumbrantes. Para os exotéricos, um outro atrativo do local é a energia misteriosa responsável por segurar muitas pessoas que deixaram de ser turistas para se tornar morador local.A energia misteriosa que atrai tantos visitantes é a principal responsável pelo surgimento de diversas comunidades alternativas que apareceram no Capão e nas regiões próximas desde 1970. Atualmente essas comunidades vivem do auto-sustento, e das práticas como artesanato, agricultura orgânica, cultura de ervas medicinais e aromáticas. Morros, picos de montanhas, queda d’água e riachos. Atrativos que levam diversos turistas a se aventurarem pelas trilhas da Chapada. No Capão, as trilhas mais realizadas são a Cachoeira da Fumaça com 350 metros de queda livre e uma vislumbrante paisagem e o Morro do Pai Inácio. Conta a lenda que no tempo dos escravos, o local era reservado para encontros amorosos proibidos, é nesse ponto que fica o poço encantado, que emociona pela beleza e mistério. Tem ainda o Morrão, os Gerais do Vieira, o Morro Branco e o Vale do Pati. O vale onde está cortado por um rio que lhe dá nome, Capão, oferece várias opções de mergulho. Fonte: Tribuna da Bahia




São muitas as opções de passeios. Vale conhecer estes locais:

-Corredeira das Rodas



-Cachoeira do Rio Preto,





-o Riachinho,











-o Poço da Angélica



-a Cachoeira da Purificação


-a Cachoeira da Fumaça.


O Vale do Capão é o ponto de partida para as principais trilhas da Chapada, a exemplo da Capão-Vale do Paty, Capão-Andaraí, Capão-Lençóis, Capão-Mucugê, Cachoeira da Fumaça por baixo, Gerais do Rio Preto, Gerais do Vieira e Gerais da Fumaça, sempre repletas de cachoeiras maravilhosas e recantos surpreendentes no caminho.



Turismo aventura


Um dos melhores destinos nacionais para a prática do turismo de aventura, a Chapada Diamantina possui diversas opções que variam do mais baixo ao mais alto nível de dificuldade, desde trilhas contemplativas a travessias em canyons profundos, com o acompanhamento e monitoramento de empresas e profissionais. Quem gosta de aventura não pode deixar de ter a Chapada Diamantina em seu roteiro, um lugar onde a natureza foi extremamente generosa. Arvorismo, bungee e cave jumping, canyoning, cascading, rapel, tirolesa, cavalgada, exploração e mergulho em cavernas, trekking e hikking, escalada, mountain biking - cicloturismo, montanhismo, off-road, caminhada com orientação, corrida de aventura, rally classe turismo, vôo livre, balonismo, ultraleve e canoagem transformam os roteiros em pura adrenalina. A palavra trekking quer dizer caminhar, trilhar, andar e, na maioria das práticas esportivas na Chapada, o trekking é freqüentemente utilizado, seja para se chegar até uma cachoeira no meio do mato, para se alcançar o topo de uma colina em que o visual é imperdível, e até mesmo para se chegar a locais inóspitos e de rara beleza em meio à natureza. Em Lençóis pratica-se o único cave jumping do mundo. É um salto em que se utilizam as mesmas técnicas do bungee jumping com uma diferença: o local - a boca da caverna do Lapão - com 40 m de altura e muita adrenalina. Seguro por uma corda, é possível chegar a um lugar onde, em condições normais, ninguém poderia ir. Assim é a prática do canyoning, um dos esportes mais completos e emocionantes da atualidade; que consiste na descida esportiva de canyons e rios encachoeirados, transpondo seus desníveis por meio de diversas técnicas verticais como rapel e tirolesa, saltos, travessias em rios, escalada, etc. Dos novos points de escalada no Brasil, sem dúvida os da Chapada Diamantina são os que mais prometem. Em toda a Chapada é possível escalar em conglomerado, arenito, quartzito, calcário e outras variantes destas rochas. Em Lençóis pode-se escalar bem perto do centro da cidade, no Parque Municipal da Muritiba, em mais de 50 vias. O distrito de Igatu, município de Andaraí, é visita obrigatória, com escaladas de alto nível e uma grampeação impecável. Aí há um alojamento de montanhistas que atende a quem desejar escalar nesse lugar que tem paredões multicoloridos de quartzito. A escalada é um esporte de risco e por isso, é necessário o curso teórico-técnico antes da prática. A dificuldade varia numa escala de 0 a 10; a partir do grau 4 o nível de exigência já é bastante grande. O espírito de aventura é o que leva as pessoas a praticarem o off-road ou "fora da estrada", percorrendo caminhos não convencionais, difíceis e, algumas vezes, aparentemente intransponíveis, como trilhas, rios e barrancos. A recompensa é o contato com paisagens belas e raras e, dependendo dos obstáculos naturais encontrados pelo caminho, também muita adrenalina.



Patrimônio Cultural


Precedendo a história colonial brasileira, a passagem do homem pré-histórico na Bahia está registrada em sítios arqueológicos onde se destacam painéis de pinturas rupestres. Existem hoje na Chapada Diamantina cerca de 65 sítios com pinturas rupestres cadastrados por estudiosos. Por meio destas representações pictóricas, é possível identificar desenhos da flora e fauna, além do cotidiano dos mais antigos habitantes da região. Cada painel representa uma cultura, uma época, um momento da pré-história brasileira. Além de se constituírem em importantes fontes de pesquisa para os diversos campos das ciências humanas, esses sítios arqueológicos configuram-se como atrativos turísticos potenciais por se localizarem em áreas de acesso relativamente fácil e de grande beleza cênica. A ocupação das terras da Chapada Diamantina se deu sob influência do cultivo do solo, da exploração agropecuária e da extração mineral, em épocas diferentes. Desse modo, vieram para a região pessoas de vários lugares trazendo consigo cultura, conhecimentos e estilos de vida próprios. O patrimônio deixado por essas populações é muito diversificado e conta a saga do garimpo em cada beco e nos casarões seculares das cidades edificadas nos séculos 18 e 19, com desenho urbano espontâneo e irregular. A imponência e a importância do casario colonial, que remontam à época do garimpo de diamantes e do ouro, tornaram os conjuntos arquitetônicos de Rio de Contas, Lençóis, Mucugê e Igatu, Patrimônios Nacionais, tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Esses testemunhos do tempo correspondem, hoje, a atrativos turísticos de notável importância. Em meio à população tradicional é comum identificar os contadores de histórias, moradores antigos da zona urbana e também da zona rural que repassam histórias de coronéis perversos, tesouros escondidos e escravos sacrificados que no final tornam-se fantasmas ou assombrações. Entre as mais fantásticas está a "Lenda do Pai Inácio", que inclusive foi transformada em roteiro para cinema.Aliás, quem quiser conhecer a cultura popular da Chapada Diamantina precisa visitar as feiras livres, que acontecem em todas as cidades. O dia amanhece com um burburinho característico de gente chegando de todos os cantos, trazendo de longe a produção de suas roças. As folhas e ervas medicinais têm seu lugar garantido. Entre as espécies vegetais nativas, importantes para a medicina, estão: pariparoba, quebra-pedra, espinheira-santa, macela-do-campo, abutua, alecrim-do-campo, assa-peixe, barbatimão, bolsa-de-pastor, cagaiteira, chapéu-de-couro, carqueja e caroba. Geralmente, o vendedor ou vendedora de ervas é um alquimista nativo que conhece a função de cada uma dessas plantas. Os derivados do couro - alforjes, baús, cintos e chapéus - atraem vaqueiros de toda a região. A feira é um festival de cores, odores e sabores... É dia de festa em cada uma das cidades da Chapada Diamantina.



O início da Povoação



A ocupação da Chapada Diamantina começou com a exploração da pecuária, a partir da expansão das fazendas de gado. Na última década do século 17, já toda a Bacia do Paraguaçu estava doada a proprietários privados. Imensas fazendas ocuparam, gradualmente, os vales dos rios e planaltos até que a mineração tomasse lugar em pequenas glebas, com lavras e atividades de abastecimento das minas - policultura agrícola e pecuária - desenvolvendo circuitos intra e inter-regionais. A descoberta do ouro, nos últimos anos do século 17, no interior do país, inaugurou um novo ciclo econômico no Brasil e foi fator decisivo na ocupação de seu interior. O ciclo do ouro teve início na Bahia, a partir das descobertas nos Rios Itapicuru, de Contas e Paramirim, estendendo-se pela margem esquerda do Rio São Francisco, sendo elas responsáveis pela atração de intenso fluxo migratório da própria Bahia, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo; além da fundação e remanejo de numerosas vilas; criação de Casas de Fundição em Jacobina e Rio de Contas; desmembramento de freguesias, etc. Este ciclo perdurou por quase um século na região, propiciando o envio de riquezas à Coroa Portuguesa e contribuindo para a ocupação e colonização da região. A exploração do ouro e do diamante fez surgir, por ordem da Coroa Portuguesa, uma estrada que cortava a Chapada Diamantina no sentido norte-sul ligando Jacobina a Rio de Contas, principais pólos de produção aurífera contando inclusive com casas de fundição. Conhecida como Estrada Real e em vias de ser tombada como patrimônio histórico, era utilizada por tropeiros, que faziam o comércio da região, e pela Coroa Portuguesa, que fazia transportar a riqueza extraída do solo brasileiro até a Corte.Com o declínio da produção aurífera e o esgotamento do ouro de aluvião, outro processo se estrutura com o ciclo do diamante muito embora tenha durado apenas 26 anos. Este novo ciclo de mineração foi responsável pelo surgimento de uma nova geração de assentamentos humanos na região. A partir de Mucugê, a lavra de diamantes expandiu-se para o sul, atingindo o vale do Rio de Contas dando novo alento a vilas como Barra da Estiva, Rio de Contas e Caetité, e para o norte, criando novas povoações como Xique-Xique (Igatu), Andaraí e Lençóis entre outras, até atingir Morro do Chapéu, definindo-se, assim, a região que passou a ser conhecida como Chapada Diamantina. Em 1845, foram descobertos os ricos garimpos do Rio Lençóis, que despertaram imediatamente o interesse dos compradores de diamantes, instalados em Mucugê. Deslocaram-se para ali garimpeiros, vindos das lavras já em decadência de Minas Gerais, como Tijuco e o Grão Mogol, e da Bahia, como Jacobina, Rio de Contas e Chapada Velha. Com estes, chegaram também comerciantes da Capital e senhores de engenho do Recôncavo, com os escravos que construíram seus territórios à base de uma economia extrativista. O arraial foi transformado na Comercial Vila de Lençóis, pois ali se instalaram grandes negociantes, que faziam transações diretamente com mercadores franceses, ingleses e alemães. Transcorrida apenas uma fase de quase um quarto de século, de 1845 a 1871, suficiente para propiciar uma nova organização espacial na Chapada Diamantina e promover grandes fortunas para uma aristocracia sertaneja, o ciclo do diamante entra em declínio com a concorrência das jazidas sul-africanas, descobertas em 1865. No início do século 20 os diamantes de aluvião tornaram-se escassos e difíceis de garimpar. Paralelo ao ciclo do diamante e intrinsecamente ligado a este, a Chapada Diamantina conheceu outro ciclo, o do coronelismo, em que famílias poderosas disputavam o poder sobre o território. Esse ciclo teve na figura do Coronel Horácio de Matos o maior dos seus representantes. Horácio de Matos teve grande poder político na Bahia, atraindo a atenção dos governos estadual e federal em diversas ocasiões, tanto nas lutas pelo território quanto contra os governos estadual e federal e ainda na perseguição à Coluna Prestes. No decorrer da história, o "coronel da Chapada" deixou registrada a sua marca lendária que inspirou títulos de vários autores. Entre 1987 e 1997 a economia da região foi reaquecida com base na extração mecanizada do diamante até a proibição definitiva do uso de dragas e da atividade que causava muito mais prejuízos ao ambiente natural, especialmente nas nascentes e leitos dos rios tributários da bacia do Paraguaçu. A criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina em 1985 eliminou definitivamente qualquer possibilidade de garimpo no interior do parque. A atividade, assim, passa para a clandestinidade.







Fauna e Flora




A Chapada Diamantina possui uma série de condições climáticas e tipos de vegetação não encontrados em nenhuma das outras regiões do Nordeste. O cenário montanhoso da região abriga uma extraordinária variedade de ecossistemas em que bromélias e orquídeas escondem-se à sombra de aroeiras e umburanas, enquanto as sempre-vivas florescem nos campos dos gerais, em ambiente privilegiado, adaptando-se às diferenças de clima, altitude e solo. A zona mais elevada, denominada campo rupestre, é formada por diversos tipos de vegetação cuja riqueza se compara à encontrada em regiões da Mata Atlântica, da Floresta Amazônica ocidental, da Península do Cabo (África do Sul) e do Oeste da Austrália.







Sob as copas de pau-d'arcos florescem begônias e orquídeas. Nas áreas elevadas, de clima semi-úmido, predomina o cerrado, mais conhecido como "gerais" e nas encostas e superfícies arrasadas, áreas mais baixas e de clima mais árido, a caatinga. Uma atração à parte são os mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras que, de abril a agosto, embelezam os cenários, enquanto os ipês florescem em setembro e as quaresmeiras no período da Semana Santa. Assim, durante todo o ano, a Chapada está florida. A região possui também muitas plantas usadas para fins medicinais. As aves são os animais que mais chamam atenção na Chapada Diamantina, pois, além de serem bastante coloridas e emitirem sons chamativos, estão, em sua maioria, ativas durante o dia e muitas delas são fáceis de serem visualizadas. A Universidade Estadual de Feira de Santana já registrou mais de 150 espécies de aves. Muitas destas ocorrem em várias outras regiões do Brasil, como as garças, anuns, bem-te-vis, beija-flores, papa-capins, enquanto outras espécies são típicas do nordeste brasileiro como o cardeal e o bico-virado-da-caatinga. Duas aves são bastante comuns nos campos rupestres: a maria-preta e o bico-de-veludo. Mas, quem chama mesmo a atenção são os beija-flores: o beija-flor-gravatinha-vermelha, que é endêmico da Chapada Diamantina e tem sido observado apenas em áreas com altitude superior a 1000 m; o beija-flor-vermelho, o beija-flor-de-rabo-branco, e muitos outros. Presença marcante nos cerrados da Chapada Diamantina é a pernalta seriema. O carcará e o chima-chima são aves rapineiras fáceis de serem vistas. Nas áreas de mata, onde a vegetação é mais densa, é mais fácil detectar a presença das aves pelos seus sons do que vê-las diretamente. É o caso de aves como a surrucuá, alma-de-gato, japu, escarradeira, sanhaços e várias outras. Uma das espécies de aves mais característica e fácil de ser vista na caatinga da Chapada Diamantina é o periquito-vaqueiro ou suiá. Outra ave sempre presente é a picuí, uma pequena pombinha de coloração cinza claro, que sempre é vista aos pares no solo, procurando pequenas sementes para se alimentar. Entre os animais encontrados na rica fauna da região estão: tamanduá bandeira, tatu canastra, mico, macaco prego, gato selvagem, capivara, quati, luís caixeiro (porco-espinho ou ouriço caixeiro), cutia, paca, onça-pintada, arara, curió e inúmeros tipos de répteis. As serras, em determinadas áreas, oferecem sustento a jaguatiricas, onças, mocós, veados, teiús e seriemas. Algumas espécies estão ameaçadas de extinção, principalmente devido à caça.





Geologia




Quem observa o cenário de terras íngremes e leitos de rios pedregosos não imagina que a Chapada Diamantina não existia; onde hoje é sertão, outrora o mar reinava soberano. Há mais ou menos um bilhão e meio de anos, o oceano cobria essa área que era um mar raso, onde desaguavam rios torrenciais, vindos de outras grandes montanhas antes que um choque de placas tectônicas criasse as profundas fissuras e depressões encontradas atualmente. Assim iniciou-se a formação da bacia sedimentar do Espinhaço, onde rios, ventos e mares desempenharam o papel dos agentes modificadores daquela paisagem. As inúmeras camadas de arenitos, conglomerados e calcários, hoje expostos na Chapada Diamantina, representam as atividades destes agentes ao longo do tempo geológico. A Chapada é o resultado de uma inversão do relevo. Os rios escavaram seus vales profundos e é através destas gargantas que se tem acesso ao planalto. Revolvendo o cascalho do leito destes rios encachoeirados, garimpeiros extraíram no século 18, muitas arroubas de ouro, especialmente na Bacia do Rio de Contas e, no século seguinte, grandes quantidades de diamantes e carbonatos nas nascentes do Paraguaçu. A Chapada Diamantina faz parte do sistema orográfico da Serra da Mantiqueira que, em território baiano, desdobra-se em duas outras formações, a Serra do Espinhaço e a da Mangabeira. As serras da Chapada abrangem uma área aproximada de 38.000 km² e são as divisoras de água entre a bacia do rio São Francisco e os rios que deságuam diretamente no Oceano Atlântico, como o Rio de Contas e o Paraguaçu. O perfil das serras ganha formas curiosas como a Serra do Navio, os Três Morros, Três Irmãos, o Morro do Castelo, do Camelo, do Chapéu, entre outros. A Serra do Barbado destaca-se entre as paisagens naturais da região e é uma das maiores atrações da APA (Área de Proteção Ambiental) Serra do Barbado. Os pontos principais incluídos nesta APA, além da Serra do Barbado, são o Pico das Almas e a cidade de Rio de Contas.





Patrimônio Natural



A Chapada Diamantina é região de nascentes, faz parte da bacia do Paraguaçu, rio fundamental para o semi-árido baiano, que também se caracteriza como região provedora de águas do estado da Bahia. Possui uma biodiversidade riquíssima e parcialmente desconhecida, o que lhe conferiu diversas unidades de conservação criadas com a intenção de proteger os recursos hídricos, as paisagens naturais e amostras de ecossistemas que abrigam exemplares endêmicos da fauna e da flora; estimular o desenvolvimento regional; adequar as atividades econômicas e o uso público propiciando a recreação, educação ambiental e pesquisa científica; promover um melhor aproveitamento para o ecoturismo; manejar recursos de fauna e flora, e proteger sítios abióticos.São destaques: o Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Parque Estadual das Sete Passagens, o Parque Estadual de Morro do Chapéu, o Parque das Cachoeiras, o Parque Valoir Coutinho (Macaqueiras), o Parque Municipal de Mucugê - Projeto Sempre Viva, o Parque Municipal da Muritiba, a APA Marimbus Iraquara, a APA Serra do Barbado, a APA Gruta dos Brejões - Vereda Romão Gramacho, o Monumento Natural Cachoeira do Ferro Doido, o Parque Municipal Natural da Serra das Almas, a ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) Nascente do Rio de Contas, ARIE Pico das Almas e ARIE do Rio Espalhado. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, principal unidade de conservação da região, possui uma área de 152 mil ha, distribuídos entre os municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí, Mucugê, Itaetê e Ibicoara; abrange toda a Serra do Sincorá, com altitudes que variam de 400 m, nos vales dos rios que formam as bacias dos rios de Contas e Paraguaçu, até 1700 m, no ponto mais alto da serra. No parque destacam-se as várias trilhas com diferentes graus de dificuldade, a maioria feita por garimpeiros. O atrativo de maior destaque, internacionalmente conhecido, é o Vale do Paty e só existe um meio para conhecê-lo: andar, andar, andar e andar. Os roteiros variam de um a cinco dias e podem incluir a contemplação da Cachoeira da Fumaça, banho no Cachoeirão e Funis, escalada no Morro do Castelo, entre tantas outras opções.As terras da Chapada elevam-se como uma muralha que separa o Vale do São Francisco a Oeste e, a Leste, as terras que se estendem até o litoral. As atrações naturais encontram-se em variados roteiros: subterrâneos das grutas, das cachoeiras, caminhadas por antigas trilhas de garimpeiros ou pelos vales da região, em meio a comunidades tradicionais ou esotéricas e alternativas, subir os três pontos mais altos de toda a Bahia: o Pico das Almas, com 1958 m de altitude, o do Itobira, com 1970 m, e o do Barbado, com 2033 m; ou ainda percorrer a Estrada Real por onde circulou ouro, diamantes e mercadorias nos séculos 18 e 19. Nesta região está um dos mais belos conjuntos de cachoeiras do Brasil. São centenas de quedas d'água que escorrem entre penhascos, nas serras cobertas de verde, de uma vegetação mista de serrado, mata atlântica e caatinga. A da Fumaça, com quase 400 m de queda livre, e é uma das mais altas quedas livre do país. A da Fumacinha, do Buracão, do Mosquito, do Mixila, do Roncador, da Sibéria, do Sossego, dos Payaya, do Ferro Doido, do Agreste ou Vale do Cachoeirão (um conjunto de cachoeiras de até 280 m no interior do Vale do Paty) são apenas alguns dos mais belos exemplares de cachoeiras com formas, volume d'água e alturas variadas, mas sempre emolduradas por uma paisagem fascinante. Destacada no cenário nacional por possuir o maior acervo espeleológico da América do Sul pela quantidade, beleza cênica e importância científica de suas cavernas, a Chapada Diamantina oferece roteiros inusitados em espeleoturismo. Só na APA Marimbus-Iraquara elas somam mais de 120 em uma área 30 km². O misterioso Poço Encantado, cartão de visita da Chapada Diamantina, fica no município de Itaetê a 22 km da sede. É uma caverna de aspecto singular e rara beleza, dotada de grande relevância científica, servindo de abrigo para uma espécie de bagre cego, endêmico da região. A caverna é formada no fundo de uma depressão coberta por vegetação. Em seu interior existe uma fenda por onde a luz solar penetra até o espelho d´água adquirindo tonalidade azul turquesa, sendo possível avistar o fundo do poço, tal a transparência de suas águas. Entre os meses de abril a setembro, esse raio, refratado pela água como se atravessasse um cristal, acentua o tom do azul, que brilha e desenha formas variadas no fundo do poço, com profundidade entre 30 e 60 m. De características semelhantes, o Poço Azul, no vizinho município de Nova Redenção, oferece um diferencial que fascina os visitantes: lá é possível o banho no lago interior no melhor estilo da flutuação. A Gruta da Pratinha, no município de Iraquara, tem características das regiões calcárias, um tom azulado e águas cristalinas que lhe emprestam uma beleza especial. Entre as grutas secas, a Torrinha, a Lapa Doce, a da Paixão, Lapão, Bolo de Noiva, da Fumaça, Gruta Azul e Brejões estão na lista das mais visitadas e com roteiros consolidados. Contemplação e mergulho (em algumas) é tudo o que se pode fazer dentro de uma caverna, de onde "não se tira nada além de fotografias, não se quebra nada além do silêncio, nem se deixa nada além de rastros". A propósito, o mergulho nas cavernas da Chapada Diamantina só deve ser feito com autorização do Ibama e acompanhamento de profissional habilitado, pois, ao contrário do que possa parecer, ele é muito mais difícil que o mergulho submarino.